Somente em maio último, 18,5 milhões de pessoas navegaram em sites relacionados
a comunidades. Se forem acrescidos a este número os fotologs, videologs e os
mensageiros instantâneos, o número salta para 20,6 milhões de brasileiros por
mês acessando as chamadas redes sociais. Trata-se de 90% do total de usuários
que acessam a internet mensalmente, informou o site InfoMoney.
É uma
prova de que a internet se tornou poderoso meio de disseminação e publicidade
das marcas. A pesquisa Redes Sociais, lançada nesta sexta-feira (20) pelo
Ibope/NetRatings, mostra que as campanhas on-line partindo de blogs ou outras
redes sociais podem ter um impacto 500 vezes maior do que se partissem dos sites
das próprias empresas.
Resultados
Entre os resultados da
pesquisa, um deles chama a atenção: caso as montadoras de veículos decidissem
realizar uma grande campanha para impulsionar o consumo de automóveis e, para
isso, utilizassem seus sites oficiais, atingiriam cerca de 2 milhões de pessoas
duplicadas em um mês.
No entanto, se os membros das comunidades virtuais
relacionadas a marcas de veículos decidissem fazer uma campanha a favor ou
contra o consumo de carros, atingiriam 1 bilhão de pessoas duplicadas, ou seja,
a campanha teria 49.900% mais impacto.
Além disso, 94,1% dos usuários
que visitam os sites das montadoras freqüentam comunidades, ou seja, uma ação
das montadoras poderia ser rapidamente contrariada pelos membros da comunidade,
que, notoriamente, possuem mais voz e poder de influência.
Boca-a-boca pode minar o consumo
A pesquisa constatou
ainda que uma onda de comentários contra uma marca de automóvel pode minar a
vontade de consumo do futuro comprador. Mais de 90% dos membros das comunidades
relacionadas aos veículos, com sentimentos positivos, negativos ou neutros, têm
até 24 anos de idade.
Os usuários das comunidades não são homogêneos,
mostrou o estudo. Há variações importantes na comparação entre São Paulo e Rio
de Janeiro. Marcas podem ser odiadas em um local e amadas em outro.
Fonte:
empresas.globo.com