Rio
de Janeiro (RJ) – Cento e oitenta pessoas participaram da 3ª edição do VidroSom
2011 nesta terça-feira (27), no Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), no
Rio de Janeiro. O evento apresentou novas técnicas de aplicação de vidros,
esquadrias e forros em projetos acústicos; promoveu um rápido debate sobre a
Norma NBR 15.575, da ABNT; ‘comemorou’ o Dia Internacional do Ruído com 1
minuto de silêncio para chamar a atenção sobre o impacto que o ruído provoca
na vida das pessoas; entregou prêmios a alunos da rede municipal de ensino que
participaram de um concurso de desenho sobre a poluição sonora; e homenageou
Manuel Juan Brotons De La Nuez, conselheiro da AFEARJ (Associação dos
Fabricantes de Esquadrias de Alumínio do Rio de Janeiro) e Francisco Palácios
Marin, presidente da ANAVIDRO(Associação Nacional de Vidraçarias -SP).
O
seminário foi realizado pela primeira vez fora da cidade de São Paulo. A
experiência, bem sucedida, deverá ser repetida no ano que vem, conforme explica
Edison Claro de Moraes, diretor da Atenua Som, e idealizador do evento: Temos convites para montar o VidroSom em
Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte. Dirigentes de Brasília também
mostraram interesse. A tendência é fazer fora de São Paulo. Mas só vamos tomar
uma decisão depois de conversar com nossos patrocinadores e apoiadores,
explicou o empresário, acrescentando que
o evento cresce a cada ano porque tem um formato que leva informação,
capacitação técnica e, sobretudo, desperta a consciência pelo combate à
poluição sonora.
As
palestras
Moyses
Zindeluk, mestre e doutor em engenharia mecânica, professor de acústica e
vibração da UFRJ, (Universidade Federal do Rio de Janeiro) projetista e
consultor de acústica, abriu o seminário com a palestra Isolamento Acústico em
Esquadrias, na qual destacou fundamentos da acústica, como som, absorção e
transmissão. Depois, apresentou um gráfico com níveis de ruídos tolerados pelas
pessoas e o case de um prédio comercial localizado numa área de intenso
tráfego de ônibus, no centro do Rio.
Detalhe: exibiu dois filmes de testes feitos na calçada do prédio e
depois na área interna dos escritórios (antes e depois) para demonstrar a
eficiência do vidro na questão de isolamento acústico. Por uma questão estética e térmica, foi
aplicado o vidro laminado. O ganho foi na faixa de 35 a 40dB, comentou.
A
arquiteta Débora Ferreira, formada pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo,
MBA em Marketing pela FAAP São Paulo e Wasghinton, DC.,e responsável pelas
operações da Armstrong na América do
Sul, apresentou a palestra Forros Acústicos. Em sua exposição, destacou
conceitos acústicos em espaços corporativos, as principais diferenças
encontradas em espaços com e sem tratamento acústico e o case de uma escola particular, na qual os alunos tinham
dificuldade de compreender as explicações
dos professores por conta de eco e reverberação nas salas de aula.
Segundo ela, foram aplicados forros e paredes acústicas, além de uma proteção
para as janelas. Nós fizemos todos os testes e obtivemos um ganho de 30 a 35
dB, comentou a arquiteta.
Já
o engenheiro Carlos Henrique Mattar, gerente de Desenvolvimento de Mercado da
CEBRACE, formado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais pela POLI/USP,
Pós-Graduado em Gestão Empresarial pela Getúlio Vargas, destacou os principais
benefícios do vidro: controle acústico, controle solar e sustentabilidade. O
vidro aplicado na construção civil é 100% reciclável, melhora o ambiente de
trabalho, é de fácil manutenção, inerte aos reagentes químicos; baixa geração
de resíduos e promove a redução do consumo energético, justificou.
Na
última palestra, o empresário Edison Claro de Moraes apresentou os cinco passos
necessários para se obter a redução do ruído: 1) Promover a assimetria com
espessuras diferentes. Quanto maior, melhor; 2) Aumentar essa espessura; 3)
Aumentar a distância entre os vidros; 4) usar um ou dois vidros laminados; e 5)
fazer a inclinação entre os vidros.
Além
disso, também é importante promover a separação dos vidros das janelas. Se
possível, com aplicação de um material absorvente entre as duas janelas,
explicou. Em sua exposição, falou também holografia sonora e apresentou o
case de um consultório medico, na Zona Sul de São Paulo.
No
final do evento, a arquiteta Débora Barretto, mestre em Engenharia Ambiental
Urbana, conselheira da ProAcústica e gerente de projetos da Audium, de
Salvador(BA) e o empresário Edison Claro de Moraes analisaram diversas questões
envolvendo a Norma NBR 15.575, da ABNT, que deve entrar em vigor no ano que
vem. Para ela, um dos pontos mais importantes da nova norma é a que trata de
responsabilidades, isto é, cria condições de rastreabilidade e,
automaticamente, mais responsabilidade. O engenheiro e o arquiteto passarão a
responder judicialmente pela falta de isolamento acústico, frisou, salientando
que o consumidor é quem será o mais beneficiado.
Edison
Claro concordou com a colega e disse que está plenamente convencido de que não
haverá mais adiamento de sua entrada em vigor. Aos poucos, as construtoras
estão vendo que a Norma não é nenhum ‘bicho de sete cabeças’ e todos nós vamos
ganhar com ela, concluiu.
O
VidroSom 2011 contou com o patrocínio exclusivo da CEBRACE, apoio de Claris,
Artesana, Somfy, Divinal Vidros, Grupo Paris e apoio institucional do IAB-RJ,
AFERJ, ANAVIDRO-SP e SINCAVIDRO.
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informações:
www.janelasacusticas.com.br/vidrosom
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