Olá
leitores e internautas, na última coluna prometi entrevistar vidraceiro de outros países e ou
de outros estados alem do meu querido
Rio de Janeiro, entretanto não foi necessário procurar vidraceiros dispostos a
tal, eles vieram por conta própria ou seja boa sorte minha!
Com
a divulgação da última matéria pelo www.guiadovidro.com.br recebi
vários emails que falam por si próprios. E essa última coluna que escrevo no
ano de 2009 e que provavelmente será lida por você vidraceiro somente em 2010,
desejo a vocês um 2010, muito 10.
Segue a seqüência
de emails de vidraceiros, que estão aqui publicados na integra.
Bom
dia.
Li sua entrevista no portal do vidro,
e sinceramente concordo com tudo que você falou. Hoje realmente o maior
problema em nossa empresa é a mão de obra.para amenizar esse problema nós
contratamos e treinamos nossos colocadores,passamos a eles os segredos da
profissão mas principalmente o atendimento ao nosso cliente,que é o bem mais
importante da empresa.estou ancioso pelo témino de sua entrevista na próxima
edição,e também desejo se possível de toda e qualquer contribuição para cada
vez mais levar conhecimento para nossas palestras com os colocadores.
Att: Geovane Maffezzoli
Gerente Comercial
VIDRAÇARIA
FELTZ
12/11/2009
Bom dia
Recebi um mail do guia do vidro e
verifiquei sua preocupação. Eu e o meu sócio temos uma firma pequena aqui em
Portugal, mas o meu colega é muito credenciado em colocação de qualquer tipo de
vidro. Se precisar de algumas dicas nos podemos ajudar. Vou enviar nosso site
para poder ver algumas das obras executadas por nós.
Esperamos a vir ter
uma abordagem da vossa parte.
Cumprimentos
Leonor Sousa
tratamatic@gmail.com
Endereço: Rua Almirante reis, 45 – Torres Novas
Bairro: Portugal – Telefone: 249981374
13/11/2009
Boa
Tarde Marília.
Eu
li sua matéria no Guia do Vidro e
fiquei bastante curioso com relação aos problemas enfrentados por parte das
vidraçarias com relação à mão de obra.
Eu
sou formado em técnico mecânico e tenho uma vidraçaria e uma serralheria de
alumínio, com vidro já trabalho desde 1988 e serralheria estou no mercado desde
2004.
Durante
estes anos tenho observado a grande dificuldade de mão de obra no mercado em
nossa região (Vale do Paraíba) trabalhei em várias empresas do ramo e todas
tinham o mesmo problema, pensando nisso montei uma empresa de prestação de
serviços de instalação de vidros em geral e após um ano montei a empresa que
tenho hoje, que comercializa e vende vidros em geral.
Durante
estes anos que tenho a empresa eu mesmo treinei minha mão de obra, meus
funcionários de instalação e comercial.
Este
ano estou realizando um sonho antigo que é ministrar um curso de sobre o vidro
temperado especificamente, ou seja, neste curso será ministrado a história do
vidro, como foi descoberto inicio da produção matéria prima, tipos de vidro sua
aplicação na construção civil e por aí vai, neste curso estarei ensinado como
se deve medir um vão, seja ele modelado, especial ou reto, vãos fora de
esquadro, como fazer um molde, como estudar um vão para receber os vidros, em
fim passo a passo como deve ser o profissional neste ramo.
Estarei
ensinando como projetar um vão, como determinar as folgas e contra ventos, tipo
de ferragens espessura de vidro resistência dos vidros enfim pretendo capacitar
pessoas para vender, projetar e instalar, como fiz em minha empresa, eu mesmo
ensinei meus funcionários como medir, desenhar, vender e instalar.
Este
curso terá o apoio de algumas empresas parceiras como Tecnoglass (fabricante de vidro temperado) Glasspeças (fabricante das ferragens), Forgatti (fornecedor de alumínio) e mandamos também uma proposta
para Dorma.
Este
curso terá a primeira turma nos dias 21 e 22 de novembro próximo aqui em São
José dos Campos, com os empresários do ramo para apresentar o produto e a
partir de Janeiro de 2010 termos uma turma por mês dividido da seguinte forma,
uma focada em vendas e outra focada na instalação dos vidros.
Estou
enviando este comentário para que eu possa contar com sua opinião e sugestão,
pretendo em um futuro bem próximo falar também sobre vidro laminado e vidro
laminado-temperado, pois tem tido muita procura por estes produtos no mercado.
O
que percebo também é falta de interesse dos fabricantes em investir deste tipo
de mão de obra, ainda bem que tenho bons parceiros que acreditam em nosso
trabalho e estão nos dando um grande apoio.
Um
grande abraço, e fico muito feliz pelo seu comentário com relação à mão de
obra, pois é de pessoas como você que estamos precisando neste ramo de
atividade.
Abraços
Cirilo Paes
Service Glass o especialista em vidros e esquadrias de alumínio.
Rua Margarida Francisca dos Santos, 195.
Jd. Satélite – São José dos Campos – SP – Brasil
Tel./Fax.
(12) 3931-7900
16/11/2009
Sra. Marília
Estava vendo o seu depoimento no boletim – Guia do Vidro,
e gostaria de dizer que essa situação se repete em todo o país.
Sou de Curitiba, Paraná, estou no ramo de vidros a
+ – 30 anos.
Trabalhei em 3 empresas antes de montar a minha há
22 anos. Tinha um sócio que cuidava da medição, do planejamento, das compras e
da instalação.
Como sempre trabalhei com vendas, quase não
me envolvia com os problemas de montagem.
Quando desfizemos a sociedade, e passei a
administrar todos os passos, desde a venda, planejamento, e instalação, já
sentia um sério problema com mão de obra.
Tinha 2 ou 3 empregados, e eventualmente recorria a
alguns empreiteiros.
Na época de sufoco, normalmente final de ano,
cheguei a pagar de 60 a 100 % a mais por peça, para poder entregar o serviço,
sabendo que ainda assim não ficaria satisfeito com a qualidade.
Isso sempre me incomodou muito.
Já deixei de pegar serviços, pois sabia que não
poderia entregar o serviço como gostaria.
Hoje, tenho uma clientela muito fiel,
principalmente em função da qualidade dos serviços que faço questão de
entregar, mas com 3 funcionários registrados, normalmente estou no sufoco e com
serviços atrasados.
Saio atrás de empreiteiros, e é sempre o mesmo
problema. Os bons e confiáveis estão sempre trabalhando. Os que se dispõem a
pegar o serviço querem R$ 25,00 a peça, quando a média é de R$ 15,00 a R$
18,00.
Quando não tenho outra saída, combino a empreitada.
Aí começam outros problemas. O empreiteiro, como tem outras obras em andamento,
mandam subempreiteiros para fazer. Muitas vezes são pessoas que não tem muita
intimidade com esse tipo serviço, estão ganhando pouco (R$ 10,00 a R$ 12,00 por
peça), e não tem nem ferramentas apropriadas.
Assim, não tem como entregar um bom serviço para o
cliente. Já aconteceu de mandar meu funcionário para ajeitar, e fazer
acabamentos para poder entregar a obra.
Isso quando o empreiteiro não te abandona, como já
me aconteceu. Uma ocasião tinha umas 120 peças para colocar, acertei com um
empreiteiro que conhecia há muitos anos.
Uma tarde, estive na obra, e ele veio com uma
conversa que a filha ia ser operada, e precisava de dinheiro. Fizemos as
contas, tinham umas 100 peças colocadas, adiantei todo dinheiro, pois achei que
se não desse ele podia largar a obra. Uns 4 ou 5 dias depois, quando achei que
a obra estava pronta, soube que o cara tinha saído logo depois que
estive lá, e não voltou mais. Tentei falar com ele várias vezes, mas não
consegui. Mandei um funcionário para lá. Os tubos de sustentação das janelas de
correr, e basculantes e fixos em cima, tinham 1 parafuso de cada lado. Quando
foram colocar as borrachas, o tubo saia do lugar. Tivemos que desmontar + – 70
% do que ele fez, alem de colocar trincos, transpasses, fechaduras e outros
acabamentos.
Para 2010, programei 4 cursos, que terão 3 dias de
aulas teóricas e práticas. Fiz uma parceria com uma temperadora, e com uma
fabricante de ferragens, e em fevereiro faremos o primeiro curso, com a Escola Técnica
do Vidraceiro, de São Paulo. Das 40 vagas, no mínimo 25 deverão ser preenchidas
com gente nova no ramo. Com isso, alem de melhorar o que temos, vamos
qualificar + 100 profissionais.
Acho que a única saída para nosso mercado é ter mão
de obra qualificada e abundante. Chega de disputar gente desqualificada, e
cobrando muito mais do que vale o serviço.
Espero ter colaborado com as suas pesquisas.
Att
João Bley Zornig Neto
(41)
3363 0311 / 9973 1612
16/11/2009
Boa
tarde Sra. Marília,
Sou Eder de Oliveira de Contagem-MG, li e gostei de seus
comentários (site guia do vidro) a
respeito da dificuldade de formar profissionais no setor de vidraçarias. Não
sou do setor, sou microempresário do ramo de colchões e me foi oferecida a
aquisição de uma pequena vidraçaria em minha região. Estou na fase de
pesquisas do setor e tenho notado a dificuldade em obter treinamento para
trabalhar com vidro temperado. As empresas, pelo pouco que pesquisei,
oferecem treinamento para aqueles profissionais que já são seus clientes (free-lances) ou
para empregados de alguma vidraçaria, quando é realizado um curso específico
para eles.
Incentivo-a
a continuar sua investida nesse assunto, que vai beneficiar todo o
setor. Pedi um tempo aos proprietários da vidraçaria que me foi
oferecida, para pesquisar o mercado e o ramo de negócios. Agradeço se
puder me oferecer sugestões que me ajudarão a diminuir os riscos dessa
decisão. A senhora dispõe de outras pesquisas sobre esse ramo que poderia
disponibilizar?
Aguardo seu
próximo artigo, e desde já, muito obrigado por sua atenção.
Eder de Oliveira (31) 3353-2657
(31) 9611-0032
Como
vocês podem notar, pipocou comentários
até de além mar.
Sem
necessidade de outros comentários, só agradeço mais uma vez a Revista o
Vidraceiro e agora também ao Guia do
Vidro a chance de poder criar uma rede de relacionamentos mundo a fora de
pequenas empresas do ramo do vidro que só querem poder tornar prazerosa a arte
de trabalhar o vidro.
Marilia
Lins Pinto