Incorporando nanocristais em vidro comum, os cientistas
criaram os longamente esperados LEDs ultravioletas, adequados para aplicações
biomédicas e ambientais.[Imagem: Los Alamos National Laboratory]
Luz para a medicina
Uma equipe internacional de pesquisadores desenvolveu uma
técnica para fabricar LEDs inorgânicos que geram luz na faixa do ultravioleta.
Este era um avanço longamente esperado devido ao seu
potencial para a construção de equipamentos biomédicos e sensores ambientais
com componentes ativos.
Os LEDs, ou diodos emissores de luz, têm grande potencial em
aplicações biomédicas e diretamente na medicina, como vêm demonstrando as
chamadas terapias fotodinâmicas.
Eles poderiam ser ainda mais úteis no interior de
plataformas miniaturizadas de exames médicos, como os microlaboratórios ou
biochips, ou mesmo como fontes de luz que possam ser implantadas no corpo
humano para acionar reações fotoquímicas, ativando medicamentos, por exemplo.
Mas tudo isso vinha sendo adiado pela dificuldade em
construir LEDs inorgânicos miniaturizados que fossem capazes de emitir luz
ultravioleta.
LEDs ultravioleta
Agora, Sergio Brovelli, do Instituto Nacional Los Alamos
(EUA), juntamente com colegas italianos da Universidade de Milão, desenvolveram
uma técnica que resulta em LEDs ultravioleta miniaturizados, robustos,
quimicamente estáveis e que podem ser produzidos a baixo custo.
Usando vidro como
material básico, os pesquisadores obtiveram LEDs ultravioleta
eletroluminescentes que são quimicamente inertes e mecanicamente estáveis,
permitindo seu uso nos ambientes biológicos, normalmente muito agressivos para
componentes metálicos e eletrônicos em geral.
Nos LEDs tradicionais, a emissão de luz ocorre na interface
entre dois semicondutores. No LED ultravioleta, foi adotada uma abordagem
diferente, do tipo óxido sobre óxido.
A parte ativa do componente consiste de nanocristais de
dióxido de estanho cobertos com uma camada de monóxido de estanho, tudo
incorporado em vidro comum.
A resposta elétrica do LED ultravioleta pode ser ajustada
variando a espessura de cada uma das camadas.
Fonte: Site Inovação Tecnológica