de 11 a 13 de julho, no Centro de Exposições Imigrantes/ SP
Muitas fontes de energias alternativas estão sendo implementadas e a redução das agressões ambientais e dos recursos naturais já pode ser medida. Nesse contexto, o Brasil, com sua localização geográfica privilegiada, é o mercado ideal para aproveitamento eficiente de fontes renováveis de energia. Este cenário é uma oportunidade para promover as novas formas de geração de energia na América do Sul e por isso, depois do sucesso em Milão, na Itália, estreia no país a EnerSolar+Brasil | Feira Internacional de Tecnologias para Energia Solar, que acontece de 11 a 13 de julho de 2012, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo.
Cerca de 130 expositores nacionais e internacionais, de países como Itália, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, China, Suíça, Portugal, Luxemburgo e Chipre, irão apresentar suas tecnologias, serviços e soluções para aplicações industriais e civis, para os segmentos de energia térmica solar e fotovoltaica, inversores e outras energias renováveis. A iniciativa é do Grupo Cipa Fiera Milano, com o apoio da Artenergy Publishing.
Simultaneamente, acontece o Greenergy | Feira Internacional de Energias Limpas e Renováveis e o Ecoenergy |Congresso Internacional de Tecnologias Limpas e Renováveis para a Geração de Energia com o objetivo de apresentar alternativas ao uso de energias fósseis, principais agentes de poluição atmosférica, com destaque às novas tecnologias e políticas envolvidas, colocando em discussão temas como: geração distribuída; redução tarifária; análise dos resultados da Rio +20; financiamento para aquecedores solar; comercialização na rede de pequenos produtores de energia; matriz energética; leilões de energia eólica e fotovoltaica; perspectivas futuras de energias renováveis; mercado presente e futuro; novas tecnologias, panorama da bioeletriciade; tendências do etanol; perspectivas de novas rotas tecnológicas para produção de biodiesel; situação tecnológica atual e perspectivas futuras dos veículos elétricos e outras palestras que servirão de base para futuros investimentos e decisões políticas, técnicas e econômicas.
Dados do setor
Hoje o país depende de hidrelétricas para a provisão de mais de ¾ de sua eletricidade, mas as políticas governamentais atuais têm foco principalmente na melhoria da eficiência da matriz energética, bem como no aumento de fontes renováveis, tais como energia solar, biomassa e eólica. No Brasil, a energia eólica, ainda que com pouca participação na atual matriz energética, foi destaque em 2011, gerando cerca de 2,7 mil (GWh), um aumento de 24,2% na comparação com 2010. Também a energia solar, ainda incipiente, tem vários projetos-piloto em curso, sobretudo por meio de sistemas fotovoltaicos de geração de eletricidade, cuja aplicação busca atender às comunidades distantes e o desenvolvimento regional. Estima-se entre 40 e 60 MWh o total instalado de capacidade de energia fotovoltaica no Brasil, dos quais 50% são destinados para os sistemas de telecomunicações e 50% para os sistemas de energia rural.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) vem adotando medidas de incentivo à energia solar. Entre elas, a redução de tributos para usinas fotovoltaicas (geração de eletricidade a partir do sol) e a resolução para que distribuidoras de energia abram a rede à interligação de geradores solares, trocando energia com os donos de placas solares em instalações rurais e industriais.
Matriz Elétrica Brasileira
Segundo dados divulgados pela Empresa de Pesquisa Energética – EPE com base em resultados preliminares do Balanço Energético Nacional – BEN 2012, a participação de fontes renováveis (hidráulica, biomassa, eólica e solar) na matriz elétrica brasileira em 2011, chegou a um percentual de 88,8%. Do total da oferta de energia 571,3 mil GWh, a maior participação foi da fonte hidráulica, com 428,6 mil GWh (75%) e um crescimento, em relação a 2010, de 6,3%.
Nesse cenário, o Brasil ocupa posição de liderança em geração de energia limpa se comparado às demais nações do mundo e aos países membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) – majoritariamente desenvolvidos. Comparativamente, no Brasil em 2011, a inserção de fontes renováveis na matriz energética foi de 88%, no Mundo (2009) 19,5% e nos países da OECD (2009) 18,3%, segundo dados internacionais da Agência Internacional de Energia (AIE).