Com o preço baixo do alumínio e o alto custo da energia, o Brasil deve terminar 2014 com um saldo negativo na balança comercial do metal primário, conforme reportagem do jornal Valor Econômico. A projeção da Associação Brasileiro do Alumínio (Abal) é de um déficit de 130 mil toneladas: resultado de importações de 442 mil toneladas – 2,6 vezes o volume de 2013 – e exportações de 311 mil toneladas, basicamente para o Japão.
Há pelo menos seis anos, quando fabricantes de alumínio, como Valesul, Alcoa e Votarantim Metais-CBA, decidiram fechar suas portas no país, o setor começou a temer uma forte contração de suas operações. Em 2014, a indústria brasileira deve produzir 952 mil toneladas de alumínio, perto do volume produzido em 1991. A expectativa ainda representa uma queda de 27% sobre 2013 (1,3 milhão de toneladas).
No médio prazo, o cenário pode ser ainda mais desanimador. De acordo com a Abal, sem a adoção de medidas que deem competitividade à indústria, o país pode ter um déficit de 1,558 milhão de toneladas de alumínio primário em 2025. Ainda conforme a Abal, o setor deixará de criar 47 mil empregos e de fazer investimentos de 19,8 bilhões de reais no acumulado dos próximos dez anos. Por ano, deixará de arrecadar 450 milhões em impostos.
Publicado: 17/09/14.